Para pessoas com mais de 40 anos, essa pergunta seria impensável. Felizmente, isso começou a mudar, e agora, não basta ser um chefe que controla e distribui tarefas, mas sim, a nova geração (menos de 30 anos) é quem exigirá certas virtudes dos líderes. Que características esse chefe deve ter para os jovens profissionais?
Os jovens profissionais nascidos após o ano 2000 pertencem à geração Z ou Centennials, e começam a ingressar no mercado de trabalho. No entanto, eles se caracterizam por serem muito diferentes dos millennials e boomers, porque rompem com as estruturas estabelecidas, e é por isso que os novos líderes devem se adaptar a essa força de trabalho.
Como são os Centennials?
Para entender as expectativas que eles têm em relação aos seus líderes no trabalho, é fundamental entender como eles são e como diferem das outras gerações.
Autodidata e digital
Eles nasceram no auge da tecnologia e na era do conhecimento e da informação. Eles têm tudo disponível e é por isso que escolhem a modalidade de aprendizagem por conta própria que lhes interessa. São informados por mídias não tradicionais, grande parte das redes sociais e têm “influenciadores” como referências em diversos temas.
Empático e solidário
Eles têm um forte compromisso com as causas ambientais e com os problemas sociais, como a violência de gênero.
Não conforme
Essa geração deixou para trás as aspirações que seus pais podem ter tido em relação a estudar, ter um bom emprego e constituir família. Eles rompem com essas tradições, não pretendem permanecer no emprego por muito tempo e estão no caminho de serem empreendedores.
Que expectativas eles têm de seus líderes?
Tendo em conta algumas das características apontadas, os jovens que vão ocupar diferentes postos de trabalho têm aspirações muito diferentes dos que têm mais de 30 anos. Eles vão procurar um líder para guiá-los, não um chefe que simplesmente esteja acima deles, e essa é a diferença.
A equipe em primeiro lugar
Um líder que prioriza o trabalho em equipe, que reconhece os acertos e os erros fazendo parte desses resultados, é o que os jovens procuram.
Escuta ativa e empática
É a principal habilidade que um líder deve ter: estar atento ao que as pessoas sentem, perguntar e ouvi-las de forma que possa gerar uma solução. Colocar-se no lugar do outro e colaborar para melhorar, é uma das qualidades mais valorizadas pelos Centennials. “Como posso ajudar?”. É a questão chave para ajudar e resolver vários problemas, e é o que os jovens esperam.
Reconhecer e motivar
Reconhecer as conquistas em público e apresentar desafios para motivá-los é uma forma de manter os jovens no mercado de trabalho. Quando a desmotivação entra nas tarefas, corre-se o risco de não conseguir retê-las.
Além disso, dar-lhes espaço e confiança para poderem criar e propor, e não ser o patrão que manda, pode ser um incentivo para esta geração. Trata-se de construir confiança mútua para trabalharmos juntos.
Dê o exemplo
Fundamental! Se o líder ficar apenas no plano discursivo e não agir, perderá toda a confiança e respeito de sua equipe de jovens.
Salário emocional
Para além de poderem fazer parte de uma equipa liderada por uma pessoa que os motiva e permite crescer profissionalmente, os jovens procuram equilibrar a vida pessoal e profissional. E por isso, para eles, a flexibilidade, o home office e os horários rotativos vieram para ficar.
Os jovens profissionais são a força de trabalho que exigirá essas condições. São as empresas que devem se adaptar e gerar líderes que acompanhem, motivem e ouçam seus colaboradores para reter talentos.