Aumento na Oferta de Empregos Reduz Tempo de Busca por Novo Trabalho no Brasil

Oferta de Empregos Cresce e Reduz Tempo de Procura por Vagas no Brasil!

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No segundo trimestre de 2024, o Brasil presenciou uma notável redução no tempo médio de busca por novas oportunidades de trabalho. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma queda superior a 10% no período de espera por uma nova colocação profissional.

Redução da Procura de Empregos

Os dados revelaram que o contingente de pessoas procurando emprego por menos de um mês diminuiu 10,2%. Já aqueles que buscavam trabalho entre um mês e menos de um ano registraram uma redução de 11%. Para os que estavam à procura de uma nova colocação entre um e dois anos, a queda foi ainda mais acentuada, atingindo 15,2%. No entanto, o grupo que enfrentava o maior desafio – aqueles que procuravam emprego há dois anos ou mais – experimentou a maior redução percentual, de impressionantes 17,3%.

Menor Tempo da Procura de Emprego desde 2015

Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, destacou que o número de pessoas buscando trabalho há dois anos ou mais atingiu seu menor valor para um segundo trimestre desde 2015, totalizando 1,7 milhão de indivíduos. Segundo ela, “A crescente demanda por trabalhadores em diversas áreas pode de fato contribuir para a redução do tempo de procura por empregos. Quando há um aumento na demanda por trabalho, especialmente em setores como comércio e serviços, tanto de baixa quanto de alta complexidade, isso geralmente leva a uma maior oferta de vagas disponíveis no mercado de trabalho. Como resultado, o processo de procura por emprego tende a ser mais eficiente, pois há mais oportunidades e menos competição por cada vaga específica.”

Menor Tempo da Procura de Emprego: Queda da Desocupação

Além da diminuição no tempo de busca por emprego, a Pnad Contínua também revelou que a taxa de desocupação no Brasil caiu para 6,9% no segundo trimestre de 2024, seu menor valor para esse período desde 2014. Esse declínio foi acompanhado por 15 das 27 Unidades da Federação (UF), onde houve redução significativa desse indicador. Os destaques foram Piauí e Bahia, com retrações superiores a dois pontos percentuais.

o cenário descrito por Adriana Beringuy indica uma situação de estabilidade no mercado de trabalho, com a ressalva de que algumas regiões podem ter experimentado um leve recuo na taxa de desocupação. Esse tipo de estabilidade, sem um aumento significativo na taxa de desocupação, sugere que a situação geral do emprego está se mantendo relativamente constante, mesmo que não haja uma grande melhoria.

Rendimentos Médios da População Diminui Tempo de Procura Por Empregos

Paralelamente à melhora no mercado de trabalho, o rendimento médio real da população ocupada também registrou crescimento no segundo trimestre de 2024. Nas regiões Sul (R$ 3.528) e Nordeste (R$ 2.238), houve aumentos em relação ao trimestre anterior, enquanto nas demais regiões, a situação permaneceu estável.

Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o rendimento médio cresceu no Sul, Nordeste e Sudeste (R$ 3.627), mantendo-se estável no Norte (R$ 2.508) e Centro-Oeste (R$ 3.641).

Massa de Rendimento dos Trabalhos no País

A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos no país atingiu R$ 322,6 bilhões no segundo trimestre de 2024, um recorde em relação tanto ao trimestre anterior (R$ 311,8 bilhões) quanto ao mesmo período de 2023 (R$ 295,4 bilhões). Esse crescimento ocorreu em todas as grandes regiões, exceto no Centro-Oeste, onde houve estabilidade. O Sudeste detinha a maior massa de rendimento real (R$ 165,0 bilhões) nesse trimestre.

Oferta de Empregos Cresce e Reduz Tempo de Procura Segundo IBGE. Imagem Agência Brasil.
Oferta de Empregos Cresce e Reduz Tempo de Procura Segundo IBGE. Imagem Agência Brasil.

Informalidade no Mercado de Trabalho

Apesar dos avanços, a informalidade no mercado de trabalho brasileiro permanece como um desafio. A taxa de informalidade para o país foi de 38,6% da população ocupada no segundo trimestre de 2024. As regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores taxas, com Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%) liderando o ranking. Em contraste, Santa Catarina (27,1%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (31,2%) registraram as menores taxas de informalidade.

Beringuy explicou que “as regiões Norte e Nordeste possuem taxas de informalidade maiores que a média nacional, devido à maior presença de trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e, mesmo entre os empregados, a uma menor cobertura da carteira assinada“.

A Pnad Contínua, realizada pelo IBGE, é a principal pesquisa sobre a força de trabalho no Brasil. A cada trimestre, dois mil entrevistadores visitam uma amostra de 211 mil domicílios, percorrendo cerca de 3.500 municípios em todas as 27 Unidades da Federação.

Devido à pandemia de COVID-19, a coleta de dados foi realizada por telefone entre março de 2020 e julho de 2021, quando as entrevistas presenciais foram retomadas. Os dados da pesquisa podem ser consultados no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra), e a próxima divulgação, referente ao terceiro trimestre de 2024, está prevista para 22 de novembro.

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